Conheça as tarifas de energia mais caras do Brasil

Apesar de contarmos com estruturas hidrelétricas reconhecidas em todo o mundo, o Brasil é um dos países com a maior tarifa de energia do planeta. De acordo com estudo recente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), a tarifa brasileira para uso de energia elétrica residencial é a 14ª mais cara entre os 28 países analisados. O Brasil também fica em segundo lugar em relação à carga tributária.

Apesar de se destacar quando o assunto é qualidade da energia, o alto custo do fornecimento de eletricidade em todo o país gera insatisfação nos consumidores, que sentem o peso da cobrança mensalmente em sua conta de luz.

Para definir a tarifa de energia cobrada, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera diversos fatores. Calculado por unidade de energia (R$/kWh), o valor total inclui os custos somados desde a geração até a disponibilização da energia nos imóveis, levando em conta a distribuição e a disponibilidade. Além disso, somam-se também os valores em encargos e impostos.

Juntando todos os processos envolvidos, o valor que aparece na sua conta considera os custos com a aquisição de energia elétrica; os custos relativos ao uso do sistema de distribuição e de transmissão; as perdas técnicas e não técnicas; e os encargos e impostos, como PIS/PASEP, COFINS e ICMS. No fim das contas, um cálculo complexo chega ao montante final que deve ser pago mensalmente por cada consumidor, de acordo com a quantidade de energia utilizada, com a concessionária que atua em sua região e com as variações dos impostos aplicados em cada estado.

Proporcionalmente, apenas 40% desse valor corresponde à compra de energia, sendo 15% da distribuição, 3% da transmissão e aproximadamente 42% de encargos e tributos. É essa parcela do valor que faz com que as tarifas de energia variem de um estado para outro, dependendo também do tipo de uso, sendo o residencial o mais caro entre eles.

Energia cara – De acordo com os dados da Aneel, atualmente o ranking que corresponde ao grupo residencial (Tarifas B1) tem São Paulo no topo das energias mais caras do país, com uma tarifa de 0.663 R$/kWh. Sem considerar os impostos, o estado é seguido pelo Rio Grande do Sul, Pará, Rio de Janeiro e Goiás. Considerando que alguns estados possuem mais de uma distribuidora de energia, as tarifas variam também em uma mesma unidade federativa. Minas Gerais, por exemplo, aparece em 13º e em 18º lugares, dependendo da concessionária considerada. A lista continua, com Santa Catarina em 7º lugar entre as mais caras e o Paraná em 10º.

Somado a esse valor determinado pela Aneel, existem também as Bandeiras Tarifárias, que consideram um custo de geração de energia de acordo com fatores como a época do ano, o volume de chuvas e a disponibilidade hídrica. Sempre que há, no país, maior dificuldade para a geração de eletricidade nas hidrelétricas, à conta de luz é adicionado um custo extra direcionado ao consumidor final.

Energia própria – Diversos consumidores de todo o país têm optado por alternativas que eliminem as variações e o alto custo das contas de luz. Entre as mais viáveis e práticas está a instalação de painéis solares fotovoltaicos, que possuem fácil instalação e podem reduzir a conta de luz em até 95%. Além da economia, a opção pela energia solar ajuda também a poupar nosso planeta dos impactos naturais causados pela geração de energia nas hidrelétricas.

Aproveite e calcule quanto você poderia economizar com a instalação de painéis solares em sua casa.

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